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Foto do escritorHumberto Montoro

Câncer de pênis? Existe sim! Verruga genital, HPV e sua relação:

Atualizado: 29 de dez. de 2020



O câncer de pênis é uma doença relativamente rara nos países desenvolvidos, porém não tão incomum nos subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, e é necessário falar dele no nosso país. Devido às grandes dimensões e heterogeneidade de classes sociais, o Brasil apresenta altas taxas de prevalência e infelizmente, morbidade e mortalidade ainda alarmantes. Os principais fatores associados são a falta de higiene e infecções locais.


O aparecimento de lesões verrucosas na região genital é uma queixa muito comum principalmente em homens jovens. A principal doença que apresenta com essa manifestação clínica não é o câncer, mas sim o Papiloma Vírus Humano – HPV.


É um vírus muito frequente e de alta circulação, existem centenas de tipos e sua transmissão ocorre das mais variadas formas. Alguns subtipos são predominantes nas partes íntimas de homens e mulheres, e normalmente são adquiridos através de contato sexual.


É uma das principais causas de litígios entre casais e sua importância se deve ao fato de ser o principal fator de risco do câncer de colo uterino em mulheres jovens.

Por outro lado, a relação desta doença com o surgimento do câncer de pênis é ainda alvo de muito estudo. Já existem inúmeras evidências demonstrando a sinergia destas doenças, de modo que à luz do conhecimento atual reiteramos a necessidade do tratamento local.


Medidas simples podem ser adotadas ainda na infância e adolescência:

Pais e familiares são responsáveis por quebrar o tabu sobre genitália e sexualidade.


– A importância de se autoconhecer. A melhor forma de identificar alguma alteração é conhecer o próprio corpo.


– Medidas preventivas. Aprender sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST), utilização de preservativos e promiscuidade. Vacinação.


– Higiene e limpeza. De forma sistemática, a higiene é o aliado mais poderoso na prevenção de inúmeras doenças genitais. Aprender sobre fimose e até necessidade de cirurgia para retirada da pele (postectomia).


Para aqueles que já adquiriram a doença, é importante buscar ajuda – consulta com urologista e uma boa conversa com a parceira. A forma mais eficaz de combater este problema é com a união do casal. Tranquilize-se; com o acompanhamento e tratamento adequados o sucesso é só questão de tempo.



Dr. Humberto Montoro

Instituto de Urologia de Maceió

(82) 3241 - 3000



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