Com toda certeza você já ouviu falar de outubro rosa, o mês da conscientização do câncer de mama. E para complementar, surgiu o novembro azul, com o mesmo objetivo para homens, com o câncer de próstata. Outra data conhecida é o setembro amarelo, que visa a prevenção ao suicídio.
O que você pode ainda não saber é que existem mais meses temáticos de assuntos relacionados à saúde física e mental, apesar de algumas datas terem mais visibilidade do que outras. A fixação dessas datas é interessante para firmar os debates de pautas tão importantes na agenda da sociedade. É uma maneira criativa e eficiente de chamar atenção para temas difíceis, porém de extrema necessidade.
O último mês do ano também tem um tema para chamar de seu. Você já ouviu falar sobre dezembro vermelho? Sabe sobre o que se trata? Se não, chegou a hora de conhecer. Continue lendo para entender mais sobre!
Dezembro vermelho: mês da conscientização e combate à Aids
1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
A data foi estabelecida internacionalmente em 1987 por decisão da Assembléia Mundial de Saúde com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, o Ministério da Saúde adotou a data um ano depois.
O objetivo foi o de resaltar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com portadores de AIDS.
Assim então, foi decidido prolongar o dia para um mês todo. Dezembro, ficou conhecido como dezembro vermelho, o mês da conscientização e combate à AIDS.
O laço vermelho como símbolo
A cor foi para ilustrar o dezembro vermelho por causa do símbolo já utilizado pela causa, o laço vermelho.
O projeto da imagem foi criado em 1991 por um coletivo de artistas de Nova York, a Visual Aids.
O motivo da escolha da cor vermelha foi a relação ao sangue e à paixão. Já o laço foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados norte-americanos que foram à Guerra do Golfo.
Com a internacionalização do símbolo, o laço que ilustra o dezembro vermelho ultrapassou o significado que o restringia aos Estados Unidos. Hoje, a marca é relacionada aos laços afetivos, à solidariedade e ao comprometimento.
Aids X HIV: entenda a diferença
Ainda hoje, muitas pessoas confundem-se e pensam que AIDS e HIV são a mesma coisa. Esta é uma concepção errada e que pode ser ofensiva.
A AIDS é um efeito colateral causado pelo vírus HIV. Por falta de informação por parte dos pacientes e tratamentos, a epidemia da AIDS fez muitas vítimas nos anos 80.
A boa notícia é que a ciência evoluiu, e hoje, a maioria das pessoas que têm HIV não têm AIDS devido ao acompanhamento correto da doença. Tanto que a AIDS não está mais na lista de principais doenças do século XXI após ser protagonista do século XX.
Saber desta diferenciação é de extrema importância para cada caso é um pequeno e primeiro passo para contribuir para o dezembro vermelho.
Prevenção do HIV
O vírus HIV é transmitido a partir de mucosas e sangue infectado. Na prática, isso significa:
Relações sexuais desprotegidas;
Compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas;
Transfusão de sangue contaminado;
Transmissão vertical (da mãe infectada para o bebê).
A prevenção é evitar as respectivas situações. Principalmente pelo uso de preservativos.
Ao entrar em contato com o vírus, existe a possibilidade de dois tratamentos imediatos: o Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) e o Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PreP).
Carga viral indetectável: o sucesso do tratamento
A terapia antirretroviral é o tratamento para portadores de infecções por retrovírus, como é o caso do HIV. Desde 1996, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente os medicamentos de tratamento e prevenção.
Sim, há dependência ao coquetel de remédios. Mas é por causa deles que hoje é possível garantir uma vida longa e saudável aos pacientes. Um estilo de vida ativo e com alimentação balanceada também é altamente recomendado – assim como é para todos.
Quando seguida corretamente – tanto na dose como na continuidade -, a terapia antirretroviral é capaz de reduzir a carga viral do HIV a ponto de ela se tornar indetectável.
Na prática, isso significa que o HIV não consta presente na corrente sanguínea em testes laboratoriais comuns, e principalmente, não é mais transmitido sexualmente – o que não significa que o uso de preservativo se torna dispensável.
Participe e colabore com a conscientização e combate à AIDS neste fim de ano! Toda informação é importante para conhecimento dos demais.
Dr. Humberto Montoro
Instituto de Urologia de Maceió
(82) 3241 - 3000
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