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Exame de próstata: mitos e verdades




De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o mais comum entre os homens. Mas, apesar de todas as campanhas de prevenção e da importância do exame de próstata, ainda há muito preconceito sobre esse assunto.

Para entender mais sobre o tema, selecionamos várias questões para que você possa conferir os principais mitos e verdades sobre os exames diagnósticos do câncer de próstata. Confira e cuide melhor de sua saúde!

Como é feito o exame de próstata?

Muitos homens ainda têm dúvida sobre como é feito o exame de próstata. A maior parte das dúvidas está ligada ao exame de toque retal: se ainda é necessário, como é feito e principalmente se é doloroso.

O toque da próstata é um teste muito rápido (dura cerca de 5 segundos apenas), e ao contrário do que muitos homens pensam, não causa dor. Deste modo, não há motivos para ter receio ou deixar de fazê-lo.

Qual médico faz exame de próstata?

Outra grande dúvida é sobre qual médico faz exame de próstata. O médico urologista é o responsável por diagnosticar e tratar doenças do sistema urinário, que inclui órgãos, como a bexiga e os rins, e canais, como a uretra e os ureteres. Para problemas desse tipo, tanto homens quanto mulheres devem procurar o profissional.

O urologista também é habilitado para cuidar do sistema reprodutor masculino, que inclui a próstata, testículo, pênis, vesículas seminais, ductos deferentes e epidídimos. Ademais, esse médico também é responsável por realizar diagnósticos e tratar problemas relacionados às adrenais, também chamadas de glândulas suprarrenais, que produzem hormônios importantes como a adrenalina e o cortisol.

Muitos pacientes confundem o urologista com o coloproctologista. O médico coloproctologista também realiza exame de toque retal, porém sua finalidade é avaliar hemorróidas e anormalidades da região intestinal, mais especificamente doenças do reto.

O que é verdadeiro ou falso sobre o exame de próstata?

Embora haja extensa divulgação sobre as principais formas de prevenção contra o câncer de próstata, ainda há muitas informações equivocadas que dificultam uma maior adesão dos homens.

Por exemplo, o toque retal é um exame simples, rápido e considerado muito eficiente para detecção de problemas nesta região do corpo masculino, entretanto muitos temem este momento e o assunto é cercado de preconceitos.

É fundamental informar-se corretamente, principalmente porque o homem que faz o exame de próstata regularmente tem muito mais chance de cura caso detecte a doença. Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre esse tema tão fundamental!

Mitos e Verdades sobre o câncer de próstata

Poucas pessoas morrem com câncer de próstata.

Mito.

Engana-se quem pensa que a taxa de mortalidade pelo câncer de próstata é baixa. Segundo dados do INCA, 25% dos pacientes diagnosticados com essa doença morrem.

O câncer de próstata só atinge idosos.

Mito.

O câncer de próstata é mais comum em idosos (75% dos casos ocorre a partir dos 65 anos), porém, também acomete homens mais jovens. É possível que ele se manifeste a partir dos 50 anos ou até mesmo antes, se houver caso na família.

Sendo assim, é essencial que todos os homens passem a realizar o exame por volta dos 50 anos, para que os tumores possam ser diagnosticados e tratados de forma precoce. Se houver casos em parentes de primeiro grau, recomenda-se começar a rotina de exame de próstata antes, com 45 ou até mesmo 40 anos de idade.

Mesmo sem indícios de câncer o exame deve ser feito periodicamente.

Verdade.

Dada a gravidade do problema, é essencial que o homem faça um acompanhamento anual mesmo quando os primeiros exames apresentam resultados negativos. Dessa forma, se o câncer começar a se desenvolver, é possível identificá-lo logo no começo e evitar maiores problemas.

Homens negros têm mais chance de ter câncer de próstata.

Verdade.

Ainda não se sabe o porquê, mas homens negros apresentam mais chances de desenvolver câncer de próstata. Além disso, a doença também costuma ser mais agressiva. Por isso, é essencial que comecem a realizar o exame antes dos 50 anos (preferencialmente a partir dos 45 anos).

O câncer de próstata acabará com a minha vida sexual.

Mito.

Em alguns tipos de tratamentos para o câncer de próstata, as fibras nervosas que a rodeiam e controlam a capacidade de ereção podem ser afetadas. A extensão desse comprometimento depende de uma série de fatores, como localização, tamanho do tumor e do tipo de tratamento realizado. A capacidade de recuperar o controle da função erétil também depende da idade do paciente e se já apresentava problemas de ereção antes da cirurgia.


A atividade sexual aumenta o risco de desenvolver câncer de próstata.

Mito.

Alguns estudos mostram que homens que relataram ejaculações mais frequentes tinham um risco menor de desenvolver câncer de próstata, mas não há evidências suficientes para sustentar esta afirmação.

Não existe histórico de câncer de próstata na minha família, logo minhas chances de ter a doença são mínimas.

Mito.

Apesar de um histórico familiar de câncer de próstata dobrar as chances de ter a doença, 1 em cada 6 homens serão diagnosticados com câncer de próstata. No entanto, o histórico familiar e genético desempenha um papel importante nas chances de um homem desenvolver um câncer de próstata. Um homem cujo pai teve a doença é duas vezes mais propenso a desenvolvê-la. O risco é ainda maior se o câncer foi diagnosticado em um membro da família em uma idade mais jovem (menos de 55 anos), ou se isso afetou três ou mais familiares.

Não apresentar nenhum sintoma, significa não ter câncer de próstata.

Mito.

O câncer de próstata é um dos cânceres mais assintomáticos. A grande maioria dos pacientes não manifesta nenhum sintoma de doença. Muitas vezes os sintomas podem ser confundidos ou atribuídos a outras patologias. Os sinais de câncer de próstata são frequentemente detectados pela primeira vez durante um check-up de rotina. Sintomas miccionais incluindo necessidade frequente de urinar, dificuldade em iniciar ou interromper a micção, fluxo fraco ou interrompido de urina estão comumente associados a outra alteração na próstata, a hiperplasia, uma doença benigna. Se tiver qualquer um destes sintomas, procure seu médico para diagnóstico e tratamento se for necessário.

O exame PSA é específico para diagnosticar câncer.

Mito.

O exame de próstata PSA mede os níveis do antígeno prostático específico na próstata, não o câncer. O PSA é uma substância produzida naturalmente pela glândula e elevações podem estar relacionadas a uma série de alterações prostáticas, incluindo infecção ou inflamação (prostatite), alargamento da próstata (hiperplasia benigna) ou câncer. O exame de PSA é o primeiro passo no processo de diagnóstico para o câncer. Ele faz a detecção da doença em estágios iniciais, quando é possível ser tratada. Estudos mostram que o rastreamento da próstata salva a vida de 1 homem a cada 12 que o realizam.

Ter um PSA alto significa ter câncer de próstata.

Mito.

O PSA é uma substância produzida pela glândula de forma habitual. Um PSA elevado não significa que o câncer esteja presente. Uma doença benigna da próstata, como por exemplo infecção ou hiperplasia podem fazer que maiores quantidades de PSA entrem na corrente sanguínea do homem. A decisão de realizar uma biópsia da próstata deve estar baseada não só no PSA e nos resultados do exame físico. Devemos também levar em conta outros fatores, incluindo a idade do paciente, histórico familiar, etnia, outros exames de PSA anteriores e doenças concomitantes.

Ter um PSA baixo, significa não ter câncer.

Mito.

A dosagem do PSA pode ser útil no diagnóstico do câncer de próstata, porém ele é apenas uma peça do quebra-cabeça. Assim como um número alto não significa necessariamente que você tenha a doença, um número baixo não é capaz de excluí-la. Para ter um quadro mais completo da saúde da sua próstata, você deve realizar: o PSA, o exame de toque retal e eventualmente alguns exames complementares, como ultrassom ou biópsia. O exame de toque retal permite ao seu médico examinar a próstata e determinar se existe alguma alteração fora do normal e a biópsia mostra se as células possuem alterações compatíveis com câncer.

O exame de toque retal não é necessário se eu fizer o exame PSA.

Mito.

O exame PSA é mais eficaz quando feito junto com o exame de toque retal. A capacidade de detecção de um câncer chega a 90% quando esses dois métodos são realizados.

Um aumento da próstata é um sinal de câncer de próstata.

Mito.

O aumento da próstata não tem relação com o câncer. Os sintomas incluem a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, a necessidade frequente de urinar durante a noite e jato fraco. O tamanho normal da próstata no adulto jovem é de 20 a 30g. À medida que envelhecem, a próstata cresce e isso não aumenta o risco de câncer.

O câncer de próstata é um câncer de crescimento lento, por isso não me devo ​​preocupar.

Mito.

Existem diferentes tipos de câncer de próstata, alguns de crescimento muito lento e outros mais agressivos. Uma vez confirmado o diagnóstico de da doença após a biópsia, o médico tem condições de caracterizar o potencial de agressividade do tumor e fazer recomendações para o tratamento com base em vários fatores, incluindo a idade do paciente e seu estado de saúde geral. Existem muitos tipos de tratamentos disponíveis e uma abordagem não serve para todos os casos. Os pacientes precisam entender a complexidade do seu caso específico e tomar decisões em conjunto com seu urologista.

Todos os casos de câncer de próstata necessitam de tratamento.

Mito.

Nem todos os tipos de câncer de próstata requerem tratamento imediato. O tratamento do câncer de próstata depende da idade, do estadiamento do tumor, da quantidade de células cancerígenas no tecido da biópsia, dos sintomas apresentados e do estado de saúde geral do paciente. Homens diagnosticados com câncer de próstata devem conversar com seu médico sobre a necessidade e tipo do tratamento. Alguns homens podem necessitar de tratamento ativo e imediato, que pode incluir: cirurgia ou radioterapia, e outros são candidatos a uma vigilância ativa. A vigilância ativa é uma forma de monitoramento rigoroso do paciente e da doença ao longo do tempo, intervindo quando necessário. Antes de iniciar qualquer tratamento, converse com o seu médico sobre os riscos e benefícios para que você possa tomar uma decisão consciente sobre o que é melhor para seu caso.

A vasectomia causa câncer de próstata.

Mito.

Estudos recentes mostram que a vasectomia não é um fator de risco para o câncer de próstata.

O câncer de próstata é contagioso.

Mito.

O câncer de próstata não é uma doença infecciosa ou contagiosa. Isso significa que não há nenhuma chance da doença ser transmitida através de contato ou respiração para outras pessoas.

O tratamento do câncer de próstata sempre causa impotência.

Mito.

A principal forma de abordagem terapêutica do câncer de próstata – tratamento cirúrgico – bem como as demais terapias curativas possuem efeitos adversos. Cerca de metade dos homens com boa função sexual antes do tratamento terá uma boa função após realizá-lo. Alguns homens podem evoluir com impotência sexual transitória (com recuperação completa dentro de alguns meses), ou definitiva. No entanto, à medida que os homens envelhecem há um aumento na disfunção sexual naturalmente, e desta forma a idade por si só é um importante fator prognóstico.

O tratamento do câncer de próstata sempre causa incontinência urinária.

Mito.

Assim, como com a função sexual, os homens também se preocupam com a incontinência urinária como uma consequência do tratamento do câncer de próstata. Cerca de 10 em cada 100 homens tratados apresentarão incontinência urinária moderada. Novamente, a idade exerce influência – os pacientes mais jovens geralmente evoluem melhor. Atualmente estão disponíveis alternativas clínicas e cirúrgicas tanto para os problemas da função sexual quanto da incontinência urinária gerados pelo tratamento do câncer de próstata.

Tomate previne câncer da próstata.

Mito.

Ainda não existem evidências fortes o suficiente para afirmar isso. Estudos de menor impacto, no passado, sugeriam que vários componentes da dieta dita mediterrânea teriam capacidade de reduzir o risco de câncer da próstata. Nenhum estudo clínico robusto comprovou essa capacidade. Devemos lembrar que o câncer de próstata tem fatores genéticos e variáveis ainda não completamente conhecidas, o que dificulta conclusões envolvendo a prevenção.

Adotar hábitos saudáveis, principalmente atividade física regular e controlar o peso, consegue reduzir o risco de desenvolvimento de inúmeros tipos de câncer, incluindo o de próstata.

A alimentação interfere nas chances de desenvolver a doença.

Verdade.

Hábitos de vida saudáveis, aqueles que melhoram a eficiência do seu sistema imunológico, ajudam a controlar as células cancerosas. Lembre-se que o sistema de defesa é uma espécie de faxineiro que elimina as células defeituosas evitando que se desenvolvam fora do controle do organismo. No caso específico dos tumores da próstata, o estresse oxidativo do organismo gerado por certos tipos de alimentos pode favorecer o aparecimento e crescimento do câncer.

Sendo assim, não deixe de cuidar de sua saúde e realize exames periódicos. Procure saber sobre a incidência do câncer em sua família. A partir disso, procure um médico urologista para tratar do assunto e passe a fazer o exame de próstata anualmente!

Adote hábitos saudáveis: alimente-se com equilíbrio e pratique atividade física regularmente. Controle seu peso, evite fumar e beber em excesso. Cuide-se e ame a vida!


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